segunda-feira, 12 de março de 2012

Medo.

   Bom dia, rapazinho! Dormiu bem? O que te fez acordar tão cedo? Venha, sente-se ali naquele lado da mesa. Tome seu café da manhã enquanto eu continuo minha historinha...


   Muitas vezes o medo toma conta de nós, certo? Pois é, o medo de amar tomava conta do pequeno Joubert. Ele tinha medo de pensar que estava amando, mas partir o seu pequeno coração em vários insubstituíveis pedaços se estivesse enganado. Por isso, negava até a morte o seu amor pela menina Lara, o que partia o pequeno coraçãozinho dela. Muitas vezes o medo de amar acaba ferindo quem quer ser amado, foi o que aconteceu com a pequena Lara.
   Cheia de expectativas, a menina Lara enchia seu diário falando sobre o seu príncipe Joubert. As folhas do diário pareciam até se transformarem no rosto do menino Joubert enquanto ela escrevia. Ela contava como ele parecia, o que ele havia dito à ela, ou simplesmente como ele a olhou no culto de domingo, porém as folhas se derretiam em lágrimas quando ela contava que o seu príncipe Joubert havia dito que gostava dela "apenas como amiga".
   O menino Joubert mentia quando dizia isso. Ele a amava como amiga, mas também a amava como mulher, ele a queria para si nem que tivesse que matar um dragão para isso. Mas ele imaginava "Por qual motivo ela iria me amar? Não sou bonito, não sou elegante, não sou nada! Sou insignificante!". Para ele, ele podia não ser nada. Mas para ela, ele era o mais bonito, o mais elegante. Para ela, ele era seu príncipe encantado. Que um dia chegaria com seu cavalo branco e mataria um dragão para salvá-la. E ele o matou.


   Vejo que já que acabaste teu café da manhã. Agora, por quê não vamos ao lago? Ele é lindo à essa hora da manhã! Quando chegarmos lá eu continuo essa historinha.

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